Alguns dados:
O câncer de mama é o mais temido pelas mulheres. Para muitas mulheres as implicações emocionais e psicológicas de ter câncer de mama (ou até mesmo só o temor de ter a doença) são devastadoras, pois além de afetarem a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal costumam vir atreladas à ideia de finitude da vida. Entre as mulheres, 40% das neoplasias malignas são ginecológicas, conforme estimativa realizada pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer).
O câncer de mama é o mais comum nas mulheres e incide com mais frequência após os 45 anos. Quando questionadas sobre “qual é a causa mais comum de morte em mulheres?” mais de 40% responde câncer de mama. Na realidade o câncer de mama é responsável por aproximadamente 4% das causas de morte em mulheres. Para termo de comparação, as doenças cardiovasculares são responsáveis por 45% da mortalidade entre mulheres. Nos EUA uma de cada 31 mulheres morre em decorrência do câncer de mama e uma entre 3 mulheres morre de doença cardiovascular. Portanto, os ginecologistas, bem como outros profissionais que têm como foco a saúde da mulher, estão na linha de frente na tarefa de “maximizar a saúde das mamas de suas pacientes”. Esse cuidado deve incluir, dentre outros tópicos, a história pessoal e familiar da paciente bem como ser conhecedor dos fatores de risco para o câncer de mama e o possível aumento de seu risco relativo.
Dentre os fatores de risco podemos enumerar alguns:
Fatores não-modificáveis:
*Ser mulher (99% dos cânceres de mama ocorrem em mulheres);
*Idade avançada;
*Histórico familiar;
*Algumas doenças mamárias prévias e;
*Antecedentes pessoais.
Fatores modificáveis:
*Hábitos alimentares, especialmente as com baixo consumo de vegetais;
*Uso exagerado de álcool;
*Sedentarismo e;
*Obesidade.
A detecção precoce do câncer de mama é a forma mais efetiva para reduzir a morbidade e a mortalidade da doença. O câncer de mama frequentemente não causa sintomas e, diferentemente do que muitos pensam, não dói. Quando é diagnosticada em fases iniciais a doença tem bom prognóstico e se tratada oportunamente tem taxa de sobrevida superior a 90% em cinco anos. Em outras palavras: o tratamento é mais eficiente quanto mais precoce for o diagnóstico.